Moçambique Celebra 50 Anos de Independência no XII Festival Nacional da Cultura em Tete

Tete, 20 de Agosto de 2025 – O XII Festival Nacional da Cultura, realizado em Tete, marcou as celebrações dos 50 anos da Independência de Moçambique, sob o lema “Nossa História: Entre Luzes e Sombras – 50 Anos Consolidando a Unidade Nacional e a Paz através da Cultura”.
Na ocasião, o académico Elton Laissone apresentou a reflexão “Nossa História: Entre luzes e sombras”, destacando que recordar os caminhos percorridos é fundamental para a construção do futuro. Citando a historiadora Emília Viotti da Costa – “Um povo sem memória é um povo sem história” – Laissone reforçou a importância da reconciliação e da preservação da identidade nacional.
A apresentação fez um balanço da trajetória de Moçambique, desde a chegada dos povos bantu, passando pela colonização e a luta armada de libertação, até à conquista da Independência em 1975. Foram sublinhadas tanto as “luzes” – como a unidade nacional, a soberania, o multipartidarismo e a realização regular de eleições – quanto as “sombras”, representadas pela intolerância política, os conflitos armados, a corrupção e as desigualdades sociais.
Para Laissone, o Jubileu dos 50 anos só terá pleno sentido se o país apostar na reconciliação nacional, no fortalecimento da democracia e no aproveitamento sustentável dos seus recursos naturais.
O Festival Nacional da Cultura, que reuniu fazedores da cultura de todas as províncias, foi também uma plataforma de debate sobre o futuro do país, com ênfase na necessidade de cultivar a paz, a justiça social e o desenvolvimento sustentável.